terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A internet e a classe C: o casamento da década, por Odilon Machado


Não é mais novidade que a classe C está crescendo vertiginosamente. O aumento do poder de compra desses consumidores está revolucionando a economia e o mercado publicitário e promocional. Não é para menos. Segundo uma pesquisa da AMPRO em parceria com o Ibope, o maior foco das empresas para os próximos anos, ao lado da sustentabilidade, é a classe C. Podemos confirmar essa tese ao olhar as mudanças que já vêm acontecendo há algum tempo.

Produtos e serviços que eram direcionados exclusivamente às classes mais altas hoje são pensados para atender esse público. Começou com as viagens aéreas, depois vieram os cruzeiros marítimos, a TV por assinatura, até chegar à internet.

Só para se ter uma ideia, são mais de 80 milhões de usuários de internet na América Latina. E o que isso tem a ver com você? A resposta é simples. A web é uma fonte inesgotável de informações e opiniões sobre você e seus concorrentes. Seus consumidores trocam figurinhas a todo momento em fóruns, blogs, sites diversos e, claro, nas redes sociais. Mas não para por aí. Com o acesso ilimitado à informação, os consumidores também ficam por dentro de anúncios, campanhas e ações promocionais que já foram criados, seja há 30 anos ou ontem. Com isso, as agências de promoção precisam ser cada vez mais criativas, imprevisíveis e competentes, com um planejamento apurado. Fazer uma ação da qual seu consumidor já tenha participado ou seu concorrente criado algo parecido diminui o impacto e o resultado esperados, além de prejudicar a imagem da sua marca.
Agora, a boa notícia: assim como o poder de compra da classe C, o investimento em promoção continua aumentando, segundo pesquisa da AMPRO-Ibope 2011. Embora criatividade não esteja intrinsecamente ligada à quantidade de dinheiro disponível, ter mais verba significa mais chances de criar projetos maiores e inovadores, dando mais visibilidade aos clientes e suas marcas. E tem mais: a mesma pesquisa revelou que as ações promocionais tiveram mais credibilidade que as campanhas publicitárias e, para 41% dos entrevistados, foram mais criativas.
Meu conselho é: vamos aproveitar o ótimo momento que estamos vivendo para criar as ações para a classe C com a mesma qualidade que pensamos para as classes A e B. Afinal, o acesso à internet proporcionou àquela a mesma informação e conteúdo destas. Portanto, cuidado ao menosprezar esse público em suas promoções. O feitiço pode virar contra o feiticeiro. Por isso, escolha seus parceiros com cuidado e marque um golaço!
Odilon Machado é sócio-diretor da Átomo Comunicação e VP de Desenvolvimento Setor Promocional da AMPRO
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